quinta-feira, 3 de março de 2016

Comandante supremo da OTAN avisa que Estado Islâmico está "se expandindo como um câncer" entre a população de refugiados

O general da força aérea dos Estados Unidos responsável pelo comando das tropas da OTAN na Europa, Philip Mark Breedlove, declarou a representantes do senado americano que a organização terrorista Estado Islâmico está recrutando grande número de soldados entre os refugiados que entram na Europa - o grupo, segundo o militar, "está se expandindo como um câncer". A declaração do general americano, um dos mais importantes comandantes da OTAN, foi divulgada hoje pelos portais de notícias CNS News e Pamela Geller - o vídeo com o relato sobre o avanço do grupo jihadista está disponível também no Youtube, no canal Agence Info Libre.
Comandante supremo da OTAN: "ISIS está se espalhando
como câncer entre população de refugiados"
Imagem: Site oficial da OTAN

Conforme o site jornalístico CNS News, "o problema do retorno de pessoas que foram lutar como soldados do Estado Islâmico para a Europa, através da grande quantidade de refugiados, também é um problema diário para as nações europeias. Na terça-feira, quando questionado pela senadora dos Estados Unidos Kelly Ayotte, a respeito da infiltração de soldados do ISIS por meio do influxo de pessoas originárias da Síria e do Iraque, o general da força aérea afirmou que 'o grupo extremista está fazendo precisamente isso, neste momento'".

O General Philip Breedlove, líder do comando das tropas americanas estacionadas na Europa e comandante supremo da OTAN, de acordo com o veículo de comunicação, declarou que "os imigrantes que chegavam ha um ou dois anos atrás provavelmente eram, em sua maioria, refugiados 'legítimos', que de fato estavam apenas fugindo de guerras civis, de terrorismo ou de outros problemas. Em contraste, o que vimos em 2015 e atualmente foi a entrada em massa de criminosos, militantes de organizações extremistas e outros indivíduos que irão gerar problemas singificativos - essa é a situação identificada nos grupos de refugiados".

A senadora, que entrevistou o general, destacou o risco importante que a entrada de soldados dos grupos terroristas representa para a Europa ou mesmo para os Estados Unidos, e ressaltou a necessidade de criação de mecanismos para verificar as identidades das pessoas que entram nos países mais visados, no atual fluxo migratório. Para Kelly Ayotte, "é necessário realizar a verificação, especialmente se considerarmos a grande quantidade de pessoas entrando na Europa, e alguns deles também estão indo para os Estados Unidos - eu penso que devemos ter muito cuidado com isso". Ela perguntou ao militar: "você concorda com essa afirmação? ". O general entendeu a análise como correta, e disse que "devemos ter muito cuidado com o quantidade de refugiados ingressando nesses países".

Quando questionado pelo senador John McCain, o general considerou como uma hipótese plausível assumir que a Rússia pode estar se beneficiando do conflito na Síria, para expandir sua influência na Europa: "a Federação Russa e o regime de Assad estão ativamente fomentando mais conflitos, para levar pessoas a se deslocarem em direção à União Europeia". A análise é similar à realizada pelo professor Olavo de Carvalho sobre o tema - o autor entende que tanto o grupo Estado Islâmico quando o regime de Putin se beneficiam da guerra civil: o ISIS utiliza a grande massa de refugiados para infiltrar soldados na Europa, e Putin explora a crise para conquistar influência sobre os países europeus que discordam da política de 'rendição incondicional' adotada por Angela Merkel - entre eles, países que se associam ao bloco formado por nações como Polônia, Hungria, Macedônia e Bulgária. Para descrever a atual situação, o comandante do exército americano na Europa cunhou a expressão "militarização da imigração" ou "uso da imigração como arma".

Veja o testemunho do comandante da OTAN, disponível no Youtube pelo canal Agence Info Libre:


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